sábado, 28 de julho de 2012

Exodus: Bonded by Blood


Muitos dizem que os anos 1980 foram os mais prolíficos ao metal, onde grandes nomes ganharam vida ou mesmo robustez em sua consolidada carreira. Mas fosse qual for a situação em que as bandas se encontravam era certo que todos os músicos pautavam o trabalho com o máximo de qualidade e originalidade possível. Por conta disso, álbuns como Kill ‘em All (Metallica); The Number of the Beast (Iron Maiden); Diary of a Madman (Ozzy Osbourne) e British Steel (Judas Priest) são cultuados até os dias de hoje como obras primas e referências ao estilo que praticam. 

Mas dentro do baú de preciosidade dos anos 1980 há muito mais coisas que não passaram em branco, mas tampouco fora aclamado como os discos citados. Um dos exemplos que, fácil, fácil, me veem à cabeça é o álbum Bonded by Blood (Exodus). O disco, em seus quase cinqüenta minutos de música, transpira por cada poro brutalidade e quê de urgência distribuído em onze canções. O ouvinte mais sensível pode se assustar ou até mesmo ficar meio zonzo com poderio sonoro de sons como as homônimas ao disco e banda; Piranha e Strike of the Beast. E não pense que só a música ganha destaque na obra dos americanos, a direção de arte comandada por Donald Munz também merece grande menção por estar em perfeita sintonia com o caos instaurado pelos californianos.

O disco ganha caráter único não só pela qualidade de suas canções, mas por ser o único disco gravado com o falecido vocalista, Paul Baloff, que fora chutado da banda pelo seu carinho especial às substancias ilícitas. Quem se sobressai também é o guitarrista Gary Holt pela técnica apurada, onde não é raro ver fãs em discussões acaloradas provando de todas as formas que Holt, junto a Alex Skolnick, são os mestres das seis cordas quando o assunto é Thrash Metal. 

Muito se comentou da reunião entre Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax para turnê Big Four, onde o argumento era reunir as quatro maiores bandas de Thrash Metal do planeta. Mas a questão é: difícil entender o nome Big Four sem o nome Exodus figurar na lista, mas vai lá saber o que se passa na cabeça desses empresários gringos. 

O Bonded by Blood é lançado no Brasil, via Die Hard Records. Então, meu caro amigo, não há mais desculpas para não ter esse aclamado nome do Thrash em sua coleção. A Die Hard Records está colocando no mercado discos como Unpuzzle (MaestricK); Alive in Athens (Iced Earth); Rubicon (Tristania), etc.

sábado, 14 de julho de 2012

Richie Sambora: Jersey's Guy


NewJersey 

O estado de New Jersey é o quinto menor estado americano, e o nono mais habitado, com uma população superior a 8.400.000. Por se tratar de um estado bem industrializado, sua economia é baseada na fabricação de bens em larga escala – manufatura, e na prestação de serviços logísticos, por seus sistemas portuários, ferroviários e rodoviários. Além disso, sua economia encontra grande fonte de renda no turismo, por conta de suas praias e grandes parques.

Mas o grande destaque do estado está na parte cultural, sendo o berço de grandes artistas de reconhecimento mundial como: Zakk Wylde; Bruce Springsteen; Deborah Harry (Blondie); Frank Sinatra; Jon Bon Jovi e Richie Sambora. 

Richie Sambora

No dia 11 de Julho de 1959, a pequena cidade Perth Amboy, do estado de New Jersey, ganhara um dos mais ilustres habitantes, nascia o Richard Steven Sambora – anos mais tarde conhecido como Richie Sambora – fruto advento da união entre a polonesa Joan Sienila e do italiano Adam Sambora.

Mesmo tendo nascido e residido por algum tempo na cidade Perth Amboy, Richie teve a maior parte de sua criação na pequena cidade Woodbridge. E como quase toda pequena cidade não há muito que se fazer para um jovem rapaz, além de estudar e tentar se preparar para vôos mais altos em outras cidades. Seguindo essa ideia, o jovem Richie seguiu com os estudos na Woodbridge High School, onde levava as responsabilidades da melhor forma que se fosse possível. 

O ano era de 1970, aos 11 anos de idade, o, ainda, menino começou a se interessar por música, especificamente por guitarra, por influencia de um dos maiores, se não maior guitarrista de todos os tempos, James Marshall Hendrix – Jimi Hendrix. Nessa época Richie começou a ter as primeiras aulas de guitarra. Foi o primeiro passo para o que viria se tornar sua profissão/carreira anos mais tarde. O tempo passou, e em paralelo aos estudos musicais, o rapaz ingressou na faculdade de psicologia, onde cursou por dois anos. Na própria faculdade Richie acabava dando mais atenção para música do que para as matérias ministradas em seu curso. Matérias de psicologia que era “bom” nada, mas as intermináveis horas de ensaio na garagem da faculdade eram de praxe para Richie e seus amigos. E pela noite dá-lhe shows nos bares locais, onde já podia mostrar sua habilidade com as seis cordas. 

Certo de querer seguir a carreira musical, o jovem guitarrista larga seus estudos na faculdade, para então se dedicar exclusivamente à música. Respirando música em todos segundos do dia, o músico se espelhava cada vez mais em grandes ícones da guitarra como: Eric Clapton; Jimmy Page; Johnny Winter; Jeff Beck; Stevie Ray Vaughan e Joe Perry, incorporando à sua personalidade musical traços de todos os músicos citados, e juntando a novos ares como a música espanhola (guitarra espanhola), com seus toques acústicos e abordagem técnica diferenciada. Com tanta dedicação, não seria espantoso que viesse a se tornar um grande músico e detentor de grande perícia em vários instrumentos que vão da guitarra elétrica, passando pelo bandolim e baixo chegando até excentricidade do acordeom. Vale ressaltar que a destreza do músico lhe renderia, anos mais tarde, contratos com grandes marcas (lendas) como Fender e Gibson. 

Com a vantagem de ter começado a carreira ainda bem cedo, o guitarrista pode vivenciar e experimentar várias bandas, por exemplo, The Massage, Richie Sambora & Friends, entre outras. Antes de chegar ao estrelato e ganhar fama mundial, a grande banda que Richie conseguiu integrar fora Joe Cocker, banda de rock/blues do veterano cantor inglês, além disso, fez audições para tocar na instituição do rock: Kiss. Mas ao que tudo indica ambos (Sambora e Kiss) acharam que suas respectivas expectativas não seriam atendidas, o que acabou ocasionando a não entrada do guitarrista à banda. Ainda reza a lenda que Richie fez algumas audições para integrar a açucarada banda Poison, fato não muito comentado pelo músico.

O ano era de 1983, a banda Bon Jovi estava precisando de um substituto para o guitarrista David “The Snake” Michael Sabo, que tempos mais tarde alcançaria grande sucesso com a banda, Skid Row. Com a saída de The Snake, Sambora viu uma grande porta se abrindo e, quase que instantaneamente, Sambora é apresentado à Bon Jovi, que por sua vez viu se tratar de um grande músico, sendo assim, não perdeu tempo em marcar um ensaio para que pudessem se conhecer melhor, musicalmente. Do ensaio para efetivação na banda, Bon Jovi, foi um trisco de tempo, e que, hoje, pode se gabar de ser uma das maiores parcerias do mundo do Rock. 

Desde sua entrada à banda Bon Jovi, Richie Sambora totaliza mais de quase 30 anos de carreira, com 11 álbuns de estúdios, destacando os impecáveis Slippery When Wet e New Jersey e o interessante Keep the Faith. A carreira do guitarrista ainda fora registrada por inúmeras compilações, discos ao vivos, box sets e dois álbuns em carreira solo.

Os sucessos não pararam por aí, foram várias as participações especiais na carreira de artistas renomados, assinando co-autorias e trilhas de filmes, e quem poderia imaginar, chegou atacar como cantor, conseguindo resultados mais satisfatórios que muitos cantores – supostamente – profissionais. 

Vida Pessoal

Se na vida profissional as coisas iam de vento e polpa, em sua vida pessoal as coisas já não iam lá essas coisas. Depois de 11 anos casado, Richie chegou ao fim de seu relacionamento com a atriz, Heather Locklear. O vai e vem em outros relacionamentos foram constantes, dando à famigerada “dor de cabeça”. Mas um dos piores momentos de sua vida pessoal foi quando seu pai perdeu a batalha para o câncer, falecendo em Abril de 2007.

Para completar o problema, o guitarrista quis seguir à risca a péssima cartilha de como ser um estúpido rockstar, abusando do álcool e afins, o que resultou em internação – Só faltava ter ficado na clínica Betty Ford Center.

Presente

Hoje, Richie Sambora segue sua carreira de forma estável, o mais recém álbum lançado foi Bon Jovi - The Circle (2009), disco que não traz a velha essência e qualidade da década de 1980 e começo dos 1990, mas, tampouco, desabona a carreira sólida desse excelente guitarrista. O jeito é esperar para um possível disco solo e ou outros lançamentos com selo de qualidade Richie Sambora.

sábado, 7 de julho de 2012

Tristania: Rubicon



Quando começaram a pipocar as bandas de Gothic Metal com vocais femininos, o que não faltava era uma banda com uma linda moça na comissão de frente com dotes vocálicos interessantes, instrumental sem muito alarde, mas o suficiente para fazer o arroz e feijão bem feito. Nomes como: Nightwish, Lacuna Coil, After Forever, Epica, Within Temptation e Tristania eram sinônimos de casa cheia e fãs em cada canto do planeta. Mas não foi só de gloria que o estilo viveu, tendo, em muitas dessas formações, a ausência de essenciais integrantes como é o caso da banda norueguesa Tristania, quando alguns de seus ases, Morten Veland e Vibeke Stene, pularam fora do barco, deixando a banda à deriva quanto a qual direção seguir. O norte veio com a cantora italiana Mariangela Demurtas e, consequentemente, no álbum de estúdio intitulado de Rubicon.
Em Rubicon ainda se encontra os elementos que nortearam a carreira da banda, mas nem perto com a pompa de antes. Mas não há como negar que o Tristania de hoje respira outros ares, visto que da formação original apenas Einar Moen (teclado) e Anders Hidle (guitarra) integram a banda. Um fã cético perguntaria: isso é bom ou ruim? Tudo vai depender de você, ouvinte. Rubicon é uma boa tentativa de rememorar o passado de gloria, tentando distanciar ao máximo os fantasmas dos ex-integrantes, e mais, o álbum nem de longe parece aquele “catadão de estúdio”, onde a banda reprocessa as sobras de outros discos e apresenta ao público com a cara mais mal lavada do mundo. 


Os destaques de Rubicon ficam no vocal da italiana Mariangela Demurtas, que teve a prudência de não copiar sua antecessora Vibeke; a boa produção e co-produção a cargo de Anders Hidle e Waldemar Sorychta, respectivamente. O destaque nas canções fica pelo ‘open act’ Year of the Rat, as pesadas Patriot Games, Protection e Vulture e o fato do álbum ser dinâmico, o que não deixa o ouvinte enfadado a ponto de contar os minutos para que o disco acabe. 

Rubicon é lançado no Brasil via Die Hard Records, que também está disponibilizando álbuns como: Jordpuls (Vintersog); Place to Hide (Santarem); The Lay of Thrym (Tyr); Strenght of Feel e Pound for Pound (Anvil) e Alive in Athens (Iced Earth). Então, caro leitor, não há desculpas para ficar sem a sua cópia, porque bons títulos a Die Hard Records está fazendo o grande favor de colocar no nosso mercado.